Geórgia abandona Comunidade de Estados Independentes
“Já tomámos a decisão: a Geórgia vai abandonar a CEI”, anunciou Saakachvili, adiantando que o país está “a pressionar a Ucrânia e outros países a seguir esta decisão”.
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“Já tomámos a decisão: a Geórgia vai abandonar a CEI”, anunciou Saakachvili, adiantando que o país está “a pressionar a Ucrânia e outros países a seguir esta decisão”.
A saída da CEI – organização controlada por Moscovo, criada na ressaca da dissolução da ex-URSS – configura um novo distanciamento da Geórgia em relação ao país vizinho, uma tendência que se tem vindo a acentuar desde a chegada ao poder do pró-Ocidental Saakashvili, em 2003.
A Geórgia apresentou a sua candidatura de adesão à NATO, o que, a materializar-se, estenderia o raio de acção da aliança militar ocidental até à fronteira Sul da Rússia. Moscovo considera inaceitável tal cenário e esta é uma das razões apontadas para a dimensão da resposta russa à ofensiva lançada pela Geórgia para reconquistar o controlo da Ossétia do Sul, região separatista com uma população maioritariamente russófona.
Saakachvili promete vitóriaNo comício desta tarde, a que terão assistido entre 60 a 70 mil pessoas, o Presidente georgiano garantiu que o país vai vencer o confronto com a Rússia, mesmo depois de ter sido forçado a retirar as suas tropas da Ossétia.
“A nossa luta contra a Rússia é a de David contra Golias. Mas David vai ganhar”, proclamou Saakachvili perante a multidão concentrada na avenida Rustaveli, uma das principais artérias da capital, pintada esta tarde com as cores vermelha e branca da bandeira georgiana.
Saakashvili afirma que, neste confronto, não é apenas a Geórgia que está em causa, mas “a humanidade e a liberdade” na Europa.