Durão Barroso: "Não trocava problemas da Europa por os de outra região do mundo"

Foto
Portugal é, mesmo na União Europeia, o país socialmente mais pluralizado, com maior diferenciação na distribuição de rendimento, disse Durão Barroso Kieran Doherty/Reuters

"Não trocava os problemas da Europa por os de outra região do Mundo", disse Durão Barroso aos jornalistas à entrada do encontro The Star Tracking - Odisseia do Talento, que se realizou ontem na Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

"Não trocava os problemas da Europa por os de outra região do Mundo", disse Durão Barroso aos jornalistas à entrada do encontro The Star Tracking - Odisseia do Talento, que se realizou ontem na Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa.

O presidente da Comissão Europeia falava depois de ter sido questionado pelos jornalistas acerca dos problemas europeus.

Na altura, Durão Barroso adiantou: "Obviamente que há sinais difíceis mas a Europa tem meios e capacidade de lhes fazer face".

Ao falar para os cerca de 800 talentos portugueses que se reuniram no Campo Pequeno, o ex-primeiro-ministro português saudou a iniciativa que pretende "mobilizar talentos em torno da ideia de abertura" para o mundo.

No entanto, defendeu perante os membros daquela rede, a maioria jovens empreendedores com estudos superiores, que não devem esquecer o dever social que têm no País.

"Portugal é, mesmo na União Europeia, o país socialmente mais pluralizado, com maior diferenciação na distribuição de rendimento. Grande parte do problema reside no facto de as elites tenderem a não entender este aspecto e a agravá-lo", afirmou.

Para resolver este problema, Durão Barroso defendeu que as elites "não devem existir para formar castas" mas sim entender que "fazer parte de uma elite é ter uma maior responsabilidade para com os outros".

"É com essa atitude que podemos mobilizar e ter o nosso País cada vez melhor", afirmou.

Nascido de uma iniciativa privada, o The Star Tracking pretende identificar o talento global português que existe dentro e fora de Portugal, nas mais variadas áreas, e incentivar a partilha de experiências e informações dessa comunidade com o objectivo de criar valor para o país.

Com cerca de 15 mil membros, o The Star Tracking tem a filosofia de que "o que é nacional é bom" e que tem de se valorizar o "ser português". Proíbe que os seus associados falem mal de Portugal.