Exame de matemática A mais fácil do que o do ano passado

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Para a SPM o Ministério da Educação não está a distinguir os alunos que mais trabalham Paulo Ricca

“É de salientar o esforço desenvolvido pelo G.A.V.E. em contemplar neste exame, num maior número de questões, temas importantes do programa do décimo segundo ano, tais como a continuidade, o cálculo diferencial e o estudo de limites. São tópicos em que professores e alunos investem bastante ao longo do ano lectivo e que não têm sido suficientemente avaliados, facto para o qual já tínhamos chamado a atenção”, refere a SPM.

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“É de salientar o esforço desenvolvido pelo G.A.V.E. em contemplar neste exame, num maior número de questões, temas importantes do programa do décimo segundo ano, tais como a continuidade, o cálculo diferencial e o estudo de limites. São tópicos em que professores e alunos investem bastante ao longo do ano lectivo e que não têm sido suficientemente avaliados, facto para o qual já tínhamos chamado a atenção”, refere a SPM.

Os especialistas frisam ainda o esforço feito no sentido de melhorar a clareza de linguagem nas questões colocadas em relação a anos anteriores: “A linguagem é adequada e clara, o que denota um progresso relativamente às questões demasiado palavrosas e de interpretação dúbia, habituais em anos transactos”, frisam. Mas criticam a “excessiva” duração da prova, de três horas.

No entanto a maior crítica da SPM vai para a falta de ambição do GAVE, o Gabinete de Avaliação Educacional do Ministério da Educação, de onde saem os enunciados das provas, que, segundo a sociedade, não desenvolve a excelência entre os alunos: “O padrão utilizado pelo G.A.V.E. para avaliar o desempenho dos alunos não permite distinguir aqueles que efectivamente trabalham dos que pouco trabalham, e não ajuda os professores a incentivarem os alunos a aprofundar os seus conhecimentos.”