Moçambique abre campos para acolher emigrantes em fuga da África do Sul

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Perto de 20 mil emigrantes moçambicanos já procuram refúgio no seu país Rogan Ward/Reuters

Os campos, instalados pretos dos postos fronteiriços e nos arredores do aeroporto de Maputo, pretende servir de “abrigo provisório” aos moçambicanos que regressam ao seu país “mas que não podem ser transportados imediatamente para as suas aldeias de origem”, explicou à AFP o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros moçambicano, Henrique Banze.

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Os campos, instalados pretos dos postos fronteiriços e nos arredores do aeroporto de Maputo, pretende servir de “abrigo provisório” aos moçambicanos que regressam ao seu país “mas que não podem ser transportados imediatamente para as suas aldeias de origem”, explicou à AFP o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros moçambicano, Henrique Banze.

O membro do Governo de Maputo qualificou de “desastre” o regresso dos emigrantes ao país, que, segundo números do Executivo, chegaram aos 20 mil numa semana.

Mais de 18 mil pessoas passaram a fronteira em Ressano Garcia, 60 quilómetros a oeste de Maputo, e 1850 outras entraram em Moçambique a partir de Ponta de Ouro, no Sul do país, adiantou Henrique Banze. Estes emigrantes ainda não receberam apoio humanitário, devido ao mau estado das estradas de acesso à região.

A violência xenófoba que tem ocupado as townships sul-africanas, principalmente em Joanesburgo, já fez 50 mortos e levou mais de 35 mil cidadãos estrangeiros a abandonar as suas populações, segundo números avançados pela polícia. Até agora, nenhum balanço nacional foi avançado pelo Governo sul-africano.

Os ataques começaram no passado dia 11 em Alexandra, Joanesburgo, antes de se estenderem a outras townships. Pouco depois, sete das nove províncias da África do Sul ficaram sob a sombra da violência.