Prémios AICA atribuídos a José Pedro Croft e João Mendes Ribeiro

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"Paisagem Interior", uma intervenção de Croft no hall do Museu Gulbenkian, foi apontada como "um dos momentos fortes desse ano" Miguel Silva (arquivo)

O júri foi constituído por Rui Mário Gonçalves, Leonor Nazaré, João Pinharanda, Nuno Crespo, Ana Tostões, Michel Toussaint e Ricardo Carvalho.

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O júri foi constituído por Rui Mário Gonçalves, Leonor Nazaré, João Pinharanda, Nuno Crespo, Ana Tostões, Michel Toussaint e Ricardo Carvalho.

"Uma reflexão permanente sobre o discurso escultórico e o recurso a materiais como a pedra, o gesso e a madeira, ou mais recentemente grandes espelhos e estruturas metálicas, têm determinado a criação de trabalhos que desafiam fortemente a iniciativa do observador e que reflectem no seu interior os espaços envolventes", opinou o júri, sobre a obra de Croft.

"Paisagem Interior", uma intervenção no hall do Museu Gulbenkian de Abril a Julho de 2007, incluída nas comemorações do 50.º aniversário da Fundação, foi apontada pelo júri como "um dos momentos fortes desse ano que avalizam a atribuição" do prémio.

Relativamente a João Mendes Ribeiro, arquitecto e cenógrafo, o júri considerou que estas "duas vertentes combinam-se coerentemente para, em cada caso, se adequarem às condições particulares do sítio e do programa ou da peça de teatro, materializando com extremo cuidado as suas concepções que, no teatro, mostram uma muito eficaz contenção de meios e, nas obras arquitectónicas, uma atenção construtiva aliada a uma subtil teatralidade que valoriza plasticamente cada parte".

"É de destacar - acrescentou - a sua intervenção na reabilitação do Laboratório Chimico em Coimbra, exemplar na capacidade de recuperar e mostrar o edifício antigo e os seus vários tempos, não deixando de adequá-lo a um actual museu de Ciência".

Entre 1968 e 1972, a AICA atribuiu os prémios SOQUIL de artes plásticas, através de um júri fixo constituído por José Augusto França, Rui Mário Gonçalves e Fernando Pernes.

Interrompido durante oito anos, o prémio "regressou", em 1981, por iniciativa da Divisão de Artes Plásticas da Direcção Geral da Acção Cultural/Secretaria de Estado da Cultura, em moldes que ainda hoje se mantêm.

O Ministério da Cultura é responsável pela atribuição do Prémio AICA desde aquele ano, fazendo-o através do IAC (depois IA) desde 1996.

Entre os premiados desde 1981 figuram, nas artes plásticas e na arquitectura, respectivamente, Costa Pinheiro e Siza Vieira, Júlio Resende e Alcino Coutinho, Alberto Carneiro e Nuno Teotónio Pereira, Malangatana e Pedro Ramalho, Nikias Skapinakis e Manuel Tainha, João Cutileiro e Frederico George, Júlio Pomar e Fernando Távora, Paula Rego e Raul Chorão Ramalho.