Director da PJ desmente interferência do Governo nas investigações

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Nelson Garrido (arquivo)

Em entrevista ao programa “Diga Lá Excelência”, uma colaboração da Rádio Renascença e PÚBLICO, Alípio Ribeiro rejeitou todas as acusações feitas por Marinho Pinto relativamente à dependência da PJ relativamente ao poder político.

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Em entrevista ao programa “Diga Lá Excelência”, uma colaboração da Rádio Renascença e PÚBLICO, Alípio Ribeiro rejeitou todas as acusações feitas por Marinho Pinto relativamente à dependência da PJ relativamente ao poder político.

O responsável disse concordar que a PJ dependa organicamente do Governo, à semelhança do que acontece com outras polícias, mas assegurou que não há interferência política na orientação que é dada às investigações.

Marinho Pinto ataca PJ

Depois de na semana passada ter denunciado a existência de corrupção na hierarquia do Estado, o recém-eleito bastonário da Ordem dos Advogados referiu-se ontem problemas graves na investigação criminal em Portugal, tecendo duras críticas à Polícia Judiciária.

Durante uma entrevista na RTP, Marinho Pinto sustentou que algumas detenções efectuadas no âmbito Casa Pia visaram “decapitar o Partido Socialista, responsabilizando a PJ por estes actos.

O bastonário acusou ainda a polícia de investigação criminal de actuar “em roda livre”, não estando na “dependência funcional” do Ministério Público. “Se formos ver bem as coisas, se calhar depende mais do Governo do que do Ministério Público, porque é o Governo que nomeia a sua hierarquia”.