Descoberta espécie de palmeira gigante em Madagáscar

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Estima-se que existam menos de cem destas palmeiras gigantes Royal Botanic Garden Kew
Tahina spectabilis

quer dizer na língua de Madagáscar “abençoada” ou “a ser protegida” e também é um dos nomes de Anne-Tahina Metz, a filha do francês Xavier Metz, agricultor naquela ilha, que descobriu a palmeira, quando passeava com a sua família numa região remota na zona Norte da ilha.

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Tahina spectabilis

quer dizer na língua de Madagáscar “abençoada” ou “a ser protegida” e também é um dos nomes de Anne-Tahina Metz, a filha do francês Xavier Metz, agricultor naquela ilha, que descobriu a palmeira, quando passeava com a sua família numa região remota na zona Norte da ilha.

As fotografias da palmeira foram enviadas para os botânicos dos Royal Botanic Garden Kew, mais especificamente, para John Dransfield – co-autor do “Guia de Campo das Palmeiras de Madagáscar - que a identificaram como um novo tipo de palmeira. Para isso analisaram o material da palmeira que foi recolhido e enviado para o herbário dos jardins botânicos.

O tronco da palmeira pode chegar aos 20 metros e as suas folhas aos cinco metros de diâmetro, segundo os jardins botânicos.

Os botânicos estão surpreendidos com o estranho ciclo de vida da palmeira, que pode crescer até alturas estonteantes, dar flor e frutos e depois morrer devido ao esgotamento das suas reservas de nutrientes.

Estima-se que existam menos de cem destas palmeiras gigantes, o que representa um desafio para a sua conservação, aliado ao facto de ser tão raro darem flor e frutos.

Segundo os jardins botânicos, a maioria das palmeiras de Madagáscar estão seriamente ameaçadas de extinção devido à perda de habitat.

A localização exacta da Tahina spectabilis está a ser mantida em segredo e as sementes estão a ser recolhidas para que possam crescer em jardins botânicos de todo o mundo e garantir a sua sobrevivência.

Em Madagáscar existem mais de dez mil espécies de plantas, 90 por cento das quais não existem em mais nenhum lugar do planeta.