Imigração: Cidadãos africanos que alcançaram Portugal partiram de Marrocos e foram deixados à deriva pelo dono do barco

Foto
Os imigrantes foram abandonados perto da costa algarvia Virgilio Rodrigues

De acordo com fonte hospitalar, o estado de saúde das três pessoas que permanecem internadas e que estão a fazer tratamentos para combater a desidratação "não é preocupante" e a alta está prevista para quarta-feira.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

De acordo com fonte hospitalar, o estado de saúde das três pessoas que permanecem internadas e que estão a fazer tratamentos para combater a desidratação "não é preocupante" e a alta está prevista para quarta-feira.

Segundo o tradutor, no início, a viagem estava a ser negociada com 30 pessoas, mas algumas tiveram que ser excluídas devido às pequenas dimensões da embarcação, sendo que cada imigrante pagou entre 300 a 1000 euros para fazer a travessia.

Ao segundo dia de navegação, esgotaram-se os mantimentos e o dono da embarcação pediu apoio por telefone e duas lanchas tripuladas por seis pessoas foram ao encontro do barco para os abastecer de água, combustível e alimentos.

Segundo disse o tradutor que está a colaborar com o SEF neste processo, Mohamed Moctar, os imigrantes alegam que as lanchas que prestaram apoio à embarcação estavam carregadas com droga.

Quando o barco com os imigrantes se aproximou da costa algarvia, o dono fez novo telefonema e foi levado por uma lancha, deixando os imigrantes no mar.