Morreu o escritor e jornalista norte-americano Norman Mailer

Foto
Mailer foi um ícone da contra-cultura americana durante a década de 1950 Leonhard Foeger/Reuters (arquivo)

Romancista, jornalista e argumentista, Norman Mailer recebeu por duas vezes o prémio Pulitzer (com os livros "Os Exércitos da Noite" e "O Canto do Carrasco") e uma vez o National Book Award.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Romancista, jornalista e argumentista, Norman Mailer recebeu por duas vezes o prémio Pulitzer (com os livros "Os Exércitos da Noite" e "O Canto do Carrasco") e uma vez o National Book Award.

Autor de cerca de 40 obras, aquele que foi considerado o "enfant terrible" da literatura americana nasceu a 31 de Janeiro de 1923 em Long Branch (Nova Jérsia).

Provocador e cronista ácido da sociedade norte-americana, Norman Mailer cresceu numa família da pequena burguesia judia. Aluno brilhante, escreveu a sua primeira novela aos 12 anos. Ingressou em Harvard em 1939 e licenciou-se em mecânica aeronáutica quatro anos mais tarde. Depois da universidade ingressou no Exército e foi combater para o Pacífico até à sua desmobilização, em 1946.

A guerra forneceu a matéria para a sua primeira obra "Os nus e os mortos" (1948). Com este romance, de um realismo brutal, traduzido para uma vintena de línguas, atinge a celebridade, aos 25 anos.

Ícone da contra-cultura americana durante a década de 1950, Mailer foi um dos fundadores do semanário de culto dos intelectuais, o "Village Voice".

Em 1969 foi candidato à presidência da câmara de Nova Iorque, dois anos depois de ter sido preso por ter denunciado o interesse político dos EUA no Vietname.

Casado seis vezes, Norman Mailer era pai de oito filhos.