Ministro das Obras Públicas: margem Sul é “um deserto” e não serve para o aeroporto

Fotogaleria

"Na margem sul não há cidades, não há gente, não há hospitais, nem hotéis nem comércio", disse o governante, acrescentando que, de acordo com um estudo recente, "seria necessário deslocar milhões de pessoas" para essa zona para justificar a construção do novo aeroporto.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

"Na margem sul não há cidades, não há gente, não há hospitais, nem hotéis nem comércio", disse o governante, acrescentando que, de acordo com um estudo recente, "seria necessário deslocar milhões de pessoas" para essa zona para justificar a construção do novo aeroporto.

Segundo Mário Lino, fazer um aeroporto no Poceirão ou nas Faias seria o mesmo "que construir Brasília no Alto Alentejo".

O ministro acrescentou ainda que existem condicionantes ambientais na margem sul que nunca seriam aceites por Bruxelas e referiu o risco de colisão com aves e a existência de um grande aquífero naquela região — problemas encontrados quando foi feita a comparação entre a Ota e Rio Frio.

Fez questão de lembrar que representantes de várias associações ambientalistas estão também contra a construção do aeroporto a sul do Tejo.

Mário Lino não resistiu ontem a comparar a opção sul do Tejo a um doente aparentemente de boa saúde, mas "com um cancro nos pulmões".

Segundo o ministro, "existe apenas um sítio na margem sul que seria exequível por razões ambientais, mas fica a mais de cem quilómetros de Lisboa".