Ministro da Ciência anuncia que instituto ibérico ficará pronto em 2009

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O ministro sublinhou que a instalação do Instituto em Portugal é um acto de grande generosidade de Espanha Inácio Rosa/Lusa (arquivo)

O instituto será construído num terreno municipal de cinco hectares, em plena cidade de Braga, onde está instalado actualmente o parque de diversões Bracalândia.

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O instituto será construído num terreno municipal de cinco hectares, em plena cidade de Braga, onde está instalado actualmente o parque de diversões Bracalândia.

Mariano Gago falava aos jornalistas na Câmara de Braga, no final da cerimónia de assinatura do protocolo de constituição do direito de superfície do terreno, acto que contou com a participação do autarca, Mesquita Machado, do presidente da Assembleia Municipal, António Braga, e do responsável pelo instituto, o espanhol José Rivas Rey.

O ministro sublinhou que a instalação do instituto em Portugal "é um acto de grande generosidade de Espanha", já que "é o primeiro laboratório científico internacional criado na Península Ibérica". O organismo terá um terço de investigadores portugueses, um terço de espanhóis e um terço de cientistas de outras nacionalidades..

As valências científicas a que o organismo se dedicará "foram analisadas por um Comité Científico Internacional, composto por sábios de nível mundial", devendo ser divulgadas durante a próxima Cimeira Ibérica.

Segundo Mariano Gago, mantém-se o modelo de financiamento previsto, que passa por um investimento — de ambos os países — de 30 milhões de euros para a construção e equipamentos e outros 30 para o funcionamento do Instituto.

"Em 2007 avançar-se-á com o projecto de arquitectura e com o concurso público, em 2008 com a aquisição de equipamentos e o recrutamento de especialistas, de modo a que arranque em 2009", disse.

Questionado sobre a participação das universidades portuguesas e espanholas no laboratório do Instituto, Mariano Gago assinalou que, "a experiência de projectos idênticos mostra que traz grandes vantagens para as universidades, quer pela investigação que faz, quer pelos peritos que atrai e pelas oportunidades de emprego e estágio que proporciona".

O instituto será um organismo público, mas aberto à participação de privados que queiram apostar em projectos concretos para aplicação industrial.

Mesquita Machado, autarca local, considerou que "este é um dos mais importantes projectos da história de Braga, que vai trazer para a cidade os melhores investigadores mundiais na área das nanotecnologias".