"Filme da Treta" é para o público rir e saborear

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DR (arquivo)

"É um filme mais popular, virado para o público, com dois actores brilhantes e duas personagens ainda mais brilhantes", considerou o realizador.

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"É um filme mais popular, virado para o público, com dois actores brilhantes e duas personagens ainda mais brilhantes", considerou o realizador.

Depois do sucesso alcançado no teatro, na televisão, na rádio e na edição literária, as famosas personagens interpretadas por José Pedro Gomes (Zezé) e António Feio (Toni) são agora protagonistas no grande ecrã.

"O filme não traz grande surpresa ao público português, porque já conhecem bem o trabalho do Zezé e Toni. A novidade está na história e na maneira como o filme está feito", explicou José Sacramento.

José Sacramento admitiu que pegar num guião "saído" de uma peça de teatro "foi ingrato e difícil", mas ficou satisfeito com o resultado final, já que assenta em "duas personagens muito cáusticas em relação à sociedade e com piadas mais evidentes e físicas e outras mais subtis e políticas".

Rodado ao longo de quatro semanas em Lisboa, "Filme da Treta" custou 800 mil euros, suportados por apoio financeiro privado, numa co-produção que incluiu, entre outros, a SIC e a produtora Stopline, de Leonel Vieira.

José Sacramento lamenta divórcio entre público e cinema português

Por outro lado, José Sacramento lamentou que ainda exista "um divórcio do público com o cinema português", defendendo que deveriam estrear-se, pelo menos, 30 filmes por ano, quase o dobro do que acontece actualmente.

"A escolha por um filme português tem de ser reconquistada e devia haver lugar para todo o tipo de filmes", disse o cineasta, de 41 anos.

Na sua opinião, "a par do cinema de autor, devia haver pelo menos um a dois 'blockbusters' portugueses por ano".