Investigadores encontram na Etiópia esqueleto da criança mais antiga do mundo

Foto
A menina encontrada na zona de Dikika teria três anos quando morreu Zeresenay Alemseged/AP

A importância do esqueleto da criança, do sexo feminino, que foi encontrado no Vale do Rift em Dezembro de 2000, pode ultrapassar a da famosa “Lucy”. Os esqueletos desta fêmea adulta com 3,2 milhões de anos foram encontrados em 1974 e obrigaram a repensar as teorias da evolução humana. A menina com 3,3 milhões de anos foi encontrada a dez quilómetros do local onde estava “Lucy”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A importância do esqueleto da criança, do sexo feminino, que foi encontrado no Vale do Rift em Dezembro de 2000, pode ultrapassar a da famosa “Lucy”. Os esqueletos desta fêmea adulta com 3,2 milhões de anos foram encontrados em 1974 e obrigaram a repensar as teorias da evolução humana. A menina com 3,3 milhões de anos foi encontrada a dez quilómetros do local onde estava “Lucy”.

“Isto é algo que apenas se encontra uma vez na vida”, comentou Zeresenay Alemseged, do Instituto Max Planck em Leipzig, na Alemanha, investigador que coordenou a descoberta.

A menina encontrada na zona de Dikika, cujo esqueleto está admiravelmente bem preservado, teria três anos quando morreu. A sua idade poderá ajudar os cientistas a compreender melhor o crescimento e o desenvolvimento dos antepassados do ser humano.

“Visualmente falando, a criança de Dikika é, definitivamente, mais completa (do que a ‘Lucy’)”, disse Fred Spoor do University College London.

“A diferença mais impressionante entre ambas é que esta menina tem um rosto”, acrescentou Zeresenay.

A expedição de Zeresenay em Dikika foi, em parte, financiada pela National Geographic Society. A descoberta será publicada amanhã na revista “Nature”.