Cientistas encontram ossos de dodó na Maurícia

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Os cientistas acreditam que os ossos poderão ajudá-los a reconstruir o mundo do dodó EPA

"É uma colecção fabulosa", comentou ontem Julian Humes, cientista do Programa de Investigação do Dodó, no local das escavações no Sul da Maurícia. “As hipóteses de um único osso (intacto) ter sido preservado é um acontecimento de assinalar. Mas nós temos aqui uma inteira colecção”.

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"É uma colecção fabulosa", comentou ontem Julian Humes, cientista do Programa de Investigação do Dodó, no local das escavações no Sul da Maurícia. “As hipóteses de um único osso (intacto) ter sido preservado é um acontecimento de assinalar. Mas nós temos aqui uma inteira colecção”.

Humes, investigador associado do Museu de História Natural de Londres, disse que também foram encontrados no mesmo local ossos da tartaruga gigante da Maurícia, espécie que se extinguiu na mesma altura, e centenas de sementes de árvores que já não crescem naquele sítio.

Os cientistas acreditam que estes ossos poderão ajudá-los a reconstruir o mundo do dodó nos dez mil anos antes dos seres humanos o terem descoberto.

A próxima fase do projecto é classificar todos os ossos para determinar quais pertencem a que animal ou planta.

Os portugueses descobriram a Maurícia no século XVI, ilha colonizada por holandeses no século XVII, altura em que o dodó desapareceu.

Nada habituada a predadores, a espécie não tinha medo dos humanos, que a caçaram e destruíram as florestas que lhe serviam de habitat. Além disso, os navios da altura levavam ratos que comeram os ovos das aves.