Jornal dinamarquês pede desculpa pela publicação de "cartoons" sobre Maomé

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Os responsáveis do jornal pediram desculpas ao povo muçulmano DR

"Pedimos desculpa pelo grande mal-entendido provocado pela publicação dos 'cartoons' que retratam o profeta Maomé e que alimentaram sentimentos violentos em relação à Dinamarca", pode ler-se no comunicado.

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"Pedimos desculpa pelo grande mal-entendido provocado pela publicação dos 'cartoons' que retratam o profeta Maomé e que alimentaram sentimentos violentos em relação à Dinamarca", pode ler-se no comunicado.

"Nunca, em nenhum momento, tivemos consciência da extrema sensibilidade dos muçulmanos que vivem na Dinamarca e dos muçulmanos de todo o mundo face a esta questão", explica o texto, assinado pelo redactor-chefe do primeiro jornal a publicar os "cartoons", Carsten Juste.

"Os 'cartoons' incomodaram, manifestamente, milhões de muçulmanos em todo o mundo. Por essa razão, apresentamos hoje as nossas desculpas por tudo aquilo que aconteceu e que não era, de todo, intenção do jornal", acrescenta o responsável.

Os responsáveis do jornal garantem que, no seu entender, os "cartoons" não tinham como objectivo a diminuição da importância do profeta Maomé mas a abertura "de um diálogo sobre a liberdade de expressão" na Dinamarca.

"Sobre as doze caricaturas publicadas pelo nosso jornal, elas explicam-se com um mal-entendido devido às diferenças culturais", escreve ainda o redactor-chefe.

O número de mortos no Afeganistão em resultado das manifestações contra a publicação dos "cartoons" subiu ontem para 11. Pelo menos quatro pessoas morreram e 20 ficaram feridas na cidade de Qalat, na província de Zabul, quando tentavam entrar numa base norte-americana.