Impactos do terramoto de 1755 analisados em livro

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Da obra constam vários relatos da imprensa da época Adriano Miranda/PÚBLICO

O livro destina-se a dar a conhecer ao grande público o impacto cultural e histórico do maior terramoto do século XVIII, apresentando-se, ainda, como um roteiro da iconografia oitocentista, reunindo 85 imagens da época. "A forma como se combateram os efeitos do terramoto foi muito interessante. O inquérito feito pelo Marquês de Pombal para avaliar os danos do terramoto constituiu o ponto de partida da sismologia moderna, mesmo a nível internacional", conta o autor.

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O livro destina-se a dar a conhecer ao grande público o impacto cultural e histórico do maior terramoto do século XVIII, apresentando-se, ainda, como um roteiro da iconografia oitocentista, reunindo 85 imagens da época. "A forma como se combateram os efeitos do terramoto foi muito interessante. O inquérito feito pelo Marquês de Pombal para avaliar os danos do terramoto constituiu o ponto de partida da sismologia moderna, mesmo a nível internacional", conta o autor.

Outra das novidades desta obra prende-se com o manancial de informação histórica disponibilizada, destacando-se vários relatos da imprensa, que dão conta do modo como o terramoto afectou diferentes pontos do país, excertos de debates e escritos de algumas das figuras mais proeminentes do século XVIII, como Voltaire, Rousseau e Emmanuel Kant, para além de diversas descrições de testemunhas.

"Há relatos da época fantásticos, desde religiosos, que atribuíam o terramoto à fúria divina, insinuando que Lisboa era uma cidade pecadora, até literários, como é o caso de Voltaire, que no seu livro 'Candide' situa o herói em Lisboa", revela António Lamas.

Estará Lisboa preparada para um novo sismo? "Em matéria de cultura sísmica estamos muito aquém do desejado", explica João Fonseca. "Ainda há muito trabalho a fazer a nível da sensibilização, até porque, à excepção de Lisboa, não há mais nenhuma região do país que tenha um plano de emergência em caso de sismo."