As lágrimas e a tristeza das crianças

Foto
PUBLICO.PT

Vestidas e pintadas para a antecipada, e já preparada, festa da vitória da equipa das "quinas" na abertura do Europeu, as crianças não esconderem o total descontentamento e nem mesmo as palavras de ânimo dos pais ou outros familiares contiveram o choro dos mais sentimentais.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Vestidas e pintadas para a antecipada, e já preparada, festa da vitória da equipa das "quinas" na abertura do Europeu, as crianças não esconderem o total descontentamento e nem mesmo as palavras de ânimo dos pais ou outros familiares contiveram o choro dos mais sentimentais.

Bruno, de seis anos e adepto confesso do FC Porto, mostrou-se visivelmente irritado com o guarda-redes Ricardo e com a exibição pouco conseguida dos portugueses, mas revelou esperança para os encontros com Rússia e Espanha. "Perdemos por causa do frango do Ricardo. Gostava que o Vítor Baía tivesse sido convocado, mas como não está... Agora quero que Portugal vença os outros dois jogos", atirou o pequeno "dragão", que viu o jogo no ecrã gigante instalado no cais de Gaia.

A irrequieta Marta, de oito anos, lamentou- se por Portugal "só ter marcado um golo" e, tal como Bruno, lembrou que faltam ainda dois jogos para disputar. "Tivemos pouca força, acho eu. Mas nos outros jogos vamos ganhar. Eu acho que vamos ser campeões. Portugal é o maior", revelou Marta, também ela adepta do FC Porto.

Diogo, portista "ferrenho", apontou de pronto os erros da equipa comandada por Luiz Felipe Scolari. "O golo surgiu de um mau passe do Paulo Ferreira. Entrámos logo a perder e depois os gregos têm uma defesa muito boa. Mas acho que podemos chegar à final. Hoje tivemos azar", disse Diogo, de oito anos.

A Filipa, mais crescida, mas incapaz de conter a tristeza, empunhava firmemente uma bandeira das "quinas", ao mesmo tempo que explicava a ineficácia portuguesa. "Era muito difícil entrar na defesa deles. Agora temos de ter muita sorte para vencer os outros dois jogos. E isto se queremos mesmo ser campeões da Europa. Mas a jogar assim, não sei!", lamentou-se Filipa, acabada de completar o 11º aniversário.