Alemanha ameaça mandar retirar soldados ao serviço da NATO na Turquia

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Os militares germânicos representam um quarto da tripulação dos AWACS Michael Hanschke/DPA

“Se a Turquia se tornar um participante activo na guerra isso alterará a situação e nós seremos obrigados a mandar retirar os soldados que integram a tripulação dos AWACS”, afirmou o chefe da diplomacia alemã à saída de uma reunião do Governo.

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“Se a Turquia se tornar um participante activo na guerra isso alterará a situação e nós seremos obrigados a mandar retirar os soldados que integram a tripulação dos AWACS”, afirmou o chefe da diplomacia alemã à saída de uma reunião do Governo.

De acordo com a Reuters, os militares alemães compõem quase um quarto da tripulação dos AWACS, os únicos aviões que compõem a frota própria da Aliança Atlântica.

Estes aviões de patrulha aérea fazem parte do dispositivo enviado pela NATO para a Turquia, ao abrigo de um plano acordado pelos Estados-membros da Aliança Atlântica, a pedido dos EUA. O envio destes meios – que chegou a estar bloqueado pelo veto da Alemanha, França e Bélgica, países que se opõem à guerra – destina-se a proteger a Turquia, único país da NATO que partilha uma fronteira com o Iraque, de eventuais represálias de Bagdad.

Ontem, Ancara anunciou que iria enviar tropas para o Norte do Iraque, oficialmente para assistir os refugiados na região, evitando que estes entrem na Turquia. Ancara teme que a chegada de refugiados, na sua maioria curdos, possa desestabilizar ainda mais a já de si conflituosa região do sudeste do país, de maioria curda.

Há relatos de que os militares turcos já terão entrado no país, mas as forças curdas, que se colocaram sob comando americano, desmentem esta informação.