Notáveis assinam manifesto contra a guerra

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Mário Soares encabeça a lista de subscritores do documento Mauricio Lima/AFP

A posição assumida pelo Governo português ao disponibilizar a base das Lajes, nos Açores, para manobras de aviões norte-americanos na perspectiva de um conflito armado contra o regime de Bagdad também não é esquecida pelo manifesto, que rejeita um eventual envolvimento de Lisboa "sem autorização prévia da Assembleia da República e sem o mandato expresso do Conselho de Segurança da ONU".

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A posição assumida pelo Governo português ao disponibilizar a base das Lajes, nos Açores, para manobras de aviões norte-americanos na perspectiva de um conflito armado contra o regime de Bagdad também não é esquecida pelo manifesto, que rejeita um eventual envolvimento de Lisboa "sem autorização prévia da Assembleia da República e sem o mandato expresso do Conselho de Segurança da ONU".

Denunciando a "propaganda de guerra" que, "a pretexto da luta contra o terrorismo, pretende justificar novas medidas de repressão e censura", o texto alerta ainda para a "perigosa interpretação da segurança que retira direitos, liberdades e garantias aos cidadãos e cria 'inimigos' e desconfianças onde existe diferença e ligítima contestação".

"Condenando o terrorismo em todas as suas formas", os subscritores mostram-se ainda preocupados com a situação no Médio Oriente e "a demencial violação pelas autoridades israelitas dos tratados e dos mais elementares direitos humanos dos palestinianos".

O documento, assinado no dia 7 de Janeiro, termina apelando ao lançamento de acções cívicas contra "as limitações dos direitos e garantias democráticas e contra as histerias securitárias que visam condicionar liberdades e garantias".

O texto, que pode ser subscrito através da morada electrónica pelapaz@clix.pt, foi também assinado, entre outros, por Mário Ruivo, Rui Vilar, Almeida Santos, Helena Roseta, António Mega Ferreira, Júlio Pomar e Boaventura Sousa Santos.