Resultado desolador

A partir de uma novela gráfica de Alan Moore e Eddie Campbell, "From Hell", "A Verdadeira História de Jack, o Estripador" aspira a um inquérito sobre verdades escondidas, uma releitura política do tipo "JFK", mas ambientada no século XIX. O resultado é desolador, uma longa, feia e descontrolada viagem às alfurjas do vitorianismo, sem que nada de novo do ponto de vista narrativo ou estético se acrescente a uma figura tão badalada do ponto de vista cinematográfico, como Jack, o Estripador. O pobre Johnny Depp, ultimamente a penar em filmes uns piores do que os outros, bem que tenta dar coerência ao seu detective bonzinho, mas nada em todo aquele relambório de lugares comuns sobre a época e sobre a personagem faz sentido. Ficamos, por isso, a ver os actores a fazerem as suas rábulas, Ian Holm em piloto automático, Depp em sonâmbula competência, todos atolados num Whitechappell de convenção a fingir realismos. A realização dos irmãos Hughes não é boa, nem má nem antes pelo contrário.

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A partir de uma novela gráfica de Alan Moore e Eddie Campbell, "From Hell", "A Verdadeira História de Jack, o Estripador" aspira a um inquérito sobre verdades escondidas, uma releitura política do tipo "JFK", mas ambientada no século XIX. O resultado é desolador, uma longa, feia e descontrolada viagem às alfurjas do vitorianismo, sem que nada de novo do ponto de vista narrativo ou estético se acrescente a uma figura tão badalada do ponto de vista cinematográfico, como Jack, o Estripador. O pobre Johnny Depp, ultimamente a penar em filmes uns piores do que os outros, bem que tenta dar coerência ao seu detective bonzinho, mas nada em todo aquele relambório de lugares comuns sobre a época e sobre a personagem faz sentido. Ficamos, por isso, a ver os actores a fazerem as suas rábulas, Ian Holm em piloto automático, Depp em sonâmbula competência, todos atolados num Whitechappell de convenção a fingir realismos. A realização dos irmãos Hughes não é boa, nem má nem antes pelo contrário.