Conferência internacional propõe sistema de certificação dos diamantes em bruto

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O tráfico de diamantes alimenta conflitos e rebeliões um pouco por todo o mundo DR

Se a conferência conseguir chegar a acordo para a entrada em funcionamento do sistema internacional de certificação, este poderá entrar em vigor até ao final do ano, estimou o deputado canadiano e enviado especial de Otava na Serra Leoa, David Pratt, citado pela AFP.

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Se a conferência conseguir chegar a acordo para a entrada em funcionamento do sistema internacional de certificação, este poderá entrar em vigor até ao final do ano, estimou o deputado canadiano e enviado especial de Otava na Serra Leoa, David Pratt, citado pela AFP.

Durante a abertura da conferência, Pratt sublinhou que a guerra civil na Serra Leoa — que causou dezenas de milhares de mortos na última década — "resulta unicamente do controlo dos recursos de diamantes".

O presidente da conferência, o sul-africano A. Chikane, realçou, por seu lado, a importância da aplicação de um sistema internacional de certificação em todos os países, "mesmo que só importem diamantes e não exportem".

A conferência, na qual participam 35 países, permitirá concluir o que ficou decidido no fórum internacional de Kimberley, mandatado para acabar com o tráfico de diamantes que alimenta conflitos e rebeliões. O fórum de Kimberley, realizado em 2000 e no qual participaram a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, a União Europeia e o Conselho Mundial do Diamante, representou uma primeira etapa no processo de certificação, defendendo o princípio de um sistema internacional, mas sem fixar as suas modalidades.