Manuel Alegre escreve a Vilarinho a condenar apoio ao PSD

Foto
Vilarinho esteve ontem no jantar-comício do PSD, sustentando que "o Benfica quis, inequivocamente, dar o seu apoio institucional" a Durão João Relvas/Lusa (arquivo)

Sublinhando na missiva a Vilarinho ser "sócio nº 23.495 do Sport Lisboa e Benfica", Manuel Alegre defende que "nada autoriza o presidente e a Direcção do Benfica a comprometer institucionalmente o clube no apoio político a um candidato".

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Sublinhando na missiva a Vilarinho ser "sócio nº 23.495 do Sport Lisboa e Benfica", Manuel Alegre defende que "nada autoriza o presidente e a Direcção do Benfica a comprometer institucionalmente o clube no apoio político a um candidato".

Para o candidato a deputado pelo Círculo Eleitoral de Lisboa foi isso mesmo que o presidente do Benfica fez quando "afirmou que estava ali por decisão dos órgãos sociais do Benfica".

Manuel Alegre salienta ainda que o presidente do clube da Luz "não tinha mandato nem legitimidade" para fazer as declarações de ontem à noite, dado que não se trata de uma "tomada de posição pessoal, mas um acto que envolve institucionalmente o clube". O socialista concluiu, garantindo que a sua "indignação é partilhada por milhares de socialistas adeptos do Sport Lisboa e Benfica", cita a Lusa.

As declarações que suscitam a condenação de Manuel Alegre foram proferidas ontem, no jantar-comício do PSD, que decorreu no pavilhão multiusos de Rio Maior.

Acompanhado de alguns jogadores do clube, Vilarinho afirmou que o "Benfica quis, inequivocamente, dar o seu apoio institucional, (...) e dos elementos dos órgãos sociais em particular, ao PSD e a Durão Barroso".

Quanto ao Euro 2004, Vilarinho diz que se trata de "uma questão nacional, patriótica" e que o Benfica "está, naturalmente, descansado" em relação à sua situação no campeonato europeu de futebol.