Níveis de mercúrio diminuíram nos últimos anos

Maria Eduarda Pereira, docente do Departamento de Química da UA, disse que os "poucos problemas" identificados estão confinados a uma área da ria no concelho de Estarreja, designadamente na Zona do Largo do Laranjo.Esta zona, disse a investigadora, foi afectada durante vários anos pelas descargas de mercúrio efectuadas por uma fábrica de cola e soda cáustica, que usava este metal pesado cancerígeno no seu processo de fabrico.
Segundo Maria Eduarda Pereira, actualmente os valores de concentração do mercúrio "não são preocupantes" em nenhum dos compartimentos, nomeadamente em sedimentos, coluna de água e organismos.
"Em termos de sedimentos superficiais, a ria está a ficar toda igual", disse à Lusa, explicando que as concentrações das zonas mais contaminadas e das mais afastadas são "quase da mesma ordem de grandeza".
Maria Eduarda Pereira, doutorada em Química Analítica, afirmou que esta evolução é "muito positiva e tem tendência para continuar".
A professora pôs em causa a "qualidade" dos resultados das análises realizadas no passado, em que chegaram a ser medidos valores de mercúrio seis vezes superiores ao critério de qualidade ambiental estabelecido pela Convenção de Paris.
"Muitas vezes, estes valores não eram reais porque existia um problema de contaminação da amostra desde o momento da recolha até ao momento da análise", justificou, acrescentado que, devido à evolução das técnicas analíticas, a limpeza do material e os reagentes que se usam actualmente são tão puros que não contaminam a amostra.

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Maria Eduarda Pereira, docente do Departamento de Química da UA, disse que os "poucos problemas" identificados estão confinados a uma área da ria no concelho de Estarreja, designadamente na Zona do Largo do Laranjo.Esta zona, disse a investigadora, foi afectada durante vários anos pelas descargas de mercúrio efectuadas por uma fábrica de cola e soda cáustica, que usava este metal pesado cancerígeno no seu processo de fabrico.
Segundo Maria Eduarda Pereira, actualmente os valores de concentração do mercúrio "não são preocupantes" em nenhum dos compartimentos, nomeadamente em sedimentos, coluna de água e organismos.
"Em termos de sedimentos superficiais, a ria está a ficar toda igual", disse à Lusa, explicando que as concentrações das zonas mais contaminadas e das mais afastadas são "quase da mesma ordem de grandeza".
Maria Eduarda Pereira, doutorada em Química Analítica, afirmou que esta evolução é "muito positiva e tem tendência para continuar".
A professora pôs em causa a "qualidade" dos resultados das análises realizadas no passado, em que chegaram a ser medidos valores de mercúrio seis vezes superiores ao critério de qualidade ambiental estabelecido pela Convenção de Paris.
"Muitas vezes, estes valores não eram reais porque existia um problema de contaminação da amostra desde o momento da recolha até ao momento da análise", justificou, acrescentado que, devido à evolução das técnicas analíticas, a limpeza do material e os reagentes que se usam actualmente são tão puros que não contaminam a amostra.