Excesso de sublinhados

O problema de "Brother" - o filme americano de Takeshi - é que se assemelha demais a um cartão de visita, como se a sua chegada ao cinema americano tivesse que ser acompanhada por uma apresentação: "aqui está o meu cinema, é isto que eu costumo fazer no Japão". Se o resultado dá o menos interessante de todos os filmes de Takeshi, ao menos que lhe seja, então, um filme útil. Mas há aqui um excesso de sublinhados, um acentuar do traço, que deixa escapar boa parte daquilo que faz o encanto dos seus filmes japoneses. Ainda que o cineasta - no que é o dado mais curioso do filme - encontre na América o mesmo tipo de desenraizamento que marca habitualmente a sua obra, "Brother" aproxima-se perigosamente da ideia de "filme de fórmula", demasiado esquemático para ser mais do que uma recapitulação, ou mesmo do que uma mera repetição.

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O problema de "Brother" - o filme americano de Takeshi - é que se assemelha demais a um cartão de visita, como se a sua chegada ao cinema americano tivesse que ser acompanhada por uma apresentação: "aqui está o meu cinema, é isto que eu costumo fazer no Japão". Se o resultado dá o menos interessante de todos os filmes de Takeshi, ao menos que lhe seja, então, um filme útil. Mas há aqui um excesso de sublinhados, um acentuar do traço, que deixa escapar boa parte daquilo que faz o encanto dos seus filmes japoneses. Ainda que o cineasta - no que é o dado mais curioso do filme - encontre na América o mesmo tipo de desenraizamento que marca habitualmente a sua obra, "Brother" aproxima-se perigosamente da ideia de "filme de fórmula", demasiado esquemático para ser mais do que uma recapitulação, ou mesmo do que uma mera repetição.