Académico e estereotipado

Penosa exposição de uma história "exemplar", que tanto exalta o espírito de sacrifício do mergulhador Carl Brashear (Cuba Gooding) como evoca o racismo dentro da marinha americana. Académico e estereotipado, por vezes de um simplismo à beira da indigência, "Homens de Honra" é uma patética réplica do cinema "liberal" americano dos anos 70 e 80, que mesmo quando não tinha grandes virtudes estéticas sabia como evitar reduzir a complexidade das coisas -e a verdade é que ao pé deste filme de Tillman Jr. até o banalíssimo Norman Jewison parece um mestre. No meio de tudo o que há de irritante em "Homens de Honra" (por exemplo, as irrupções "galvanizantes" da música por dá cá aquela palha), uma menção especial para Robert de Niro, apostado em confirmar que hoje ninguém o agarra.

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Penosa exposição de uma história "exemplar", que tanto exalta o espírito de sacrifício do mergulhador Carl Brashear (Cuba Gooding) como evoca o racismo dentro da marinha americana. Académico e estereotipado, por vezes de um simplismo à beira da indigência, "Homens de Honra" é uma patética réplica do cinema "liberal" americano dos anos 70 e 80, que mesmo quando não tinha grandes virtudes estéticas sabia como evitar reduzir a complexidade das coisas -e a verdade é que ao pé deste filme de Tillman Jr. até o banalíssimo Norman Jewison parece um mestre. No meio de tudo o que há de irritante em "Homens de Honra" (por exemplo, as irrupções "galvanizantes" da música por dá cá aquela palha), uma menção especial para Robert de Niro, apostado em confirmar que hoje ninguém o agarra.