Uma impressão de prazer

É um "falso primeiro filme", porque além de longas-metragens inacabadas Manuel Mozos tem já uma assinalável obra no vídeo e na curta (ou média) metragem. Não é, portanto, uma surpresa que "Quando Troveja" seja um óptimo filme, com uma construção narrativa truculenta e um universo recheado de características pouco usuais no cinema português. Sempre com o ar de quem não quer a coisa, "Quando Troveja" é um "jeu de massacre" (do qual não se exclui o próprio realizador, bem pelo contrário), retrato de um punhado de personagens envolvidas em requintados processos de tortura emocional, num registo ziguezagueante entre uma extrema crueldade e uma extrema ternura, adensado por alusões "fantásticas" a uma mitologia peculiar e estimulante. E onde, pormenor nada irrelevante, a "mise-en-scène" suscita uma impressão de prazer (prazer do realizador e prazer do espectador) que, apesar de tudo, é rara.

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É um "falso primeiro filme", porque além de longas-metragens inacabadas Manuel Mozos tem já uma assinalável obra no vídeo e na curta (ou média) metragem. Não é, portanto, uma surpresa que "Quando Troveja" seja um óptimo filme, com uma construção narrativa truculenta e um universo recheado de características pouco usuais no cinema português. Sempre com o ar de quem não quer a coisa, "Quando Troveja" é um "jeu de massacre" (do qual não se exclui o próprio realizador, bem pelo contrário), retrato de um punhado de personagens envolvidas em requintados processos de tortura emocional, num registo ziguezagueante entre uma extrema crueldade e uma extrema ternura, adensado por alusões "fantásticas" a uma mitologia peculiar e estimulante. E onde, pormenor nada irrelevante, a "mise-en-scène" suscita uma impressão de prazer (prazer do realizador e prazer do espectador) que, apesar de tudo, é rara.