O Lobo do Mar

Adaptação de Jack London, com memórias filtradas de Herman Melville e do seu "Moby Dick", bem como de alguns monumentos do filme de aventuras marítimas da década anterior ("Lobos do Mar", "Revolta na Bounty" ou "O Tigre dos Mares"), "O Lobo do Mar" assume-se, no início da guerra, em 1941, como um momento fulcral da produção da Warner, acrescentando a uma particular rudeza dramática, que caracterizava o estúdio, uma progressiva onda de "glamour". Prodigioso retrato do capitão, de Edward G. Robinson, inscreve-se no seu imendo rol de duros complexos; o par Ida Lupino/John Garfield (o primeiro dos "rebeldes sem causa", antes de Monty Clift, de Marlon Brando e muito antes de James Dean), aponta para os caminhos do futuro na ficção da Warner, já próximo do romantismo exacerbado de "A Estranha Passageira" ou de "Casablanca". "O Lobo do Mar" não será um clássico incontornável, evidenciando muitos dos tiques da fábrica "hollywoodiana", de que Michael Curtiz foi brilhante gestor (não obstante obras-primas como "Captain Blood", "O Gavião dos Mares" ou o referido "Casablanca), mas o tempo deu-lhe uma patine e uma espessura invulgares. Uma reposição de saudar, portanto.

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Adaptação de Jack London, com memórias filtradas de Herman Melville e do seu "Moby Dick", bem como de alguns monumentos do filme de aventuras marítimas da década anterior ("Lobos do Mar", "Revolta na Bounty" ou "O Tigre dos Mares"), "O Lobo do Mar" assume-se, no início da guerra, em 1941, como um momento fulcral da produção da Warner, acrescentando a uma particular rudeza dramática, que caracterizava o estúdio, uma progressiva onda de "glamour". Prodigioso retrato do capitão, de Edward G. Robinson, inscreve-se no seu imendo rol de duros complexos; o par Ida Lupino/John Garfield (o primeiro dos "rebeldes sem causa", antes de Monty Clift, de Marlon Brando e muito antes de James Dean), aponta para os caminhos do futuro na ficção da Warner, já próximo do romantismo exacerbado de "A Estranha Passageira" ou de "Casablanca". "O Lobo do Mar" não será um clássico incontornável, evidenciando muitos dos tiques da fábrica "hollywoodiana", de que Michael Curtiz foi brilhante gestor (não obstante obras-primas como "Captain Blood", "O Gavião dos Mares" ou o referido "Casablanca), mas o tempo deu-lhe uma patine e uma espessura invulgares. Uma reposição de saudar, portanto.