A Vida é Bela

Muito se tem falado, a propósito de "A Vida é Bela", de Chaplin e de Fellini, quando se poderia ter falado da revisita de Jerry Lewis ("Onde Fica a Guerra?") a este território minado da tragicomédia, fazendo actuar o irrisório da sátira sobre a seriedade do tema. O curioso é que o registo excessivo, quase insuportável, de Benigni/actor encaixa na perfeição no lado patético da narrativa que constrói, tornando o Holocausto o campo ideal de intervenção para a sua previsível máscara. Sempre no limite, em equilíbrio quase impossível, o filme instrumentaliza uma espécie de humor negro, tintado de Commedia dellArte, adaptando o conjunto ao histrionismo limitado do seu autor e alternando a loucura dos "gags" com a análise da loucura colectiva, que os provoca.

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Muito se tem falado, a propósito de "A Vida é Bela", de Chaplin e de Fellini, quando se poderia ter falado da revisita de Jerry Lewis ("Onde Fica a Guerra?") a este território minado da tragicomédia, fazendo actuar o irrisório da sátira sobre a seriedade do tema. O curioso é que o registo excessivo, quase insuportável, de Benigni/actor encaixa na perfeição no lado patético da narrativa que constrói, tornando o Holocausto o campo ideal de intervenção para a sua previsível máscara. Sempre no limite, em equilíbrio quase impossível, o filme instrumentaliza uma espécie de humor negro, tintado de Commedia dellArte, adaptando o conjunto ao histrionismo limitado do seu autor e alternando a loucura dos "gags" com a análise da loucura colectiva, que os provoca.