O código de barras, cuja patente faz hoje 57 anos, prepara-se para incluir mais informação, como a data de validade ou o número de lote, segundo a GS1 Portugal, Associação Portuguesa de Identificação e Codificação de Produtos (Codipor).

A novidade do novo código de barras (GS1 DataBar) é que vai “permitir uma maior rastreabilidade do produto”, ou seja, vai ser mais fácil conhecer o seu percurso, segundo Silvério Paixão, responsável pela área de codificação da GS1 Portugal Codipor.

Este novo código, que será apresentado sexta-feira e começará a entrar em vigor em todo o mundo a partir de 2010, é de menores dimensões do que o actual e poderá ser utilizado em produtos difíceis de marcar, como uma peça de fruta ou legume.

Outras vantagens são a informação sobre o país e a origem e a capacidade de impedir a compra de produtos fora de validade ou sujeitos a recolha, como por exemplo um lote de leite contaminado.

O actual código de barras, em utilização em Portugal há 25 anos, engloba 13 dígitos e foi criado para tornar mais rápido o processo de compra nas caixas registadoras, para evitar as grandes filas, entre outras funcionalidades.

Em Portugal começou por ser utilizado pelas grandes superfícies comerciais e hoje a Codipor tem, entre distribuidores, produtores e parceiros tecnológicos, mais de 6.500 associados que participam no sistema de codificação comercial global.

A Codipor - GS1 Portugal é a entidade portuguesa responsável pelo registo destes códigos em Portugal e está associada à GS1 a nível internacional.

O código constituído por barras e números contém informações sobre o produto e tem ainda vantagens na avaliação dos stocks por parte dos comerciantes.

Os três primeiros dígitos do código correspondem ao país em que a empresa produtora está registada.

Por exemplo o “prefixo” 560 não assegura que determinado produto tenha origem em Portugal, diz apenas que a empresa está registada na GS1 Portugal.

Os dígitos seguintes, até ao 12º, estão disponíveis para a empresa, sendo que os primeiros servem para identificar a empresa e os seguintes para que a empresa identifique o produto.

“Este conjunto de informação é válido e único em qualquer parte do mundo”, explicou.

O último dígito é apenas de controlo dos anteriores e é o que permite aferir a correcção do código.

A GS1 é uma Organização Global com mais de 30 anos de experiência na normalização, sendo formada por 108 organizações-membro nacionais, representativas de mais de um milhão de utilizadores que operam em mais de 140 países, de acordo com a Codipor.

“O Sistema GS1 é um conjunto de normas integradas abertas e globais, reconhecidas internacionalmente, para a gestão eficiente das cadeias de valor multi-sectoriais, baseada numa identificação única e inequívoca de produtos, unidades de expedição, activos, localizações e serviços, que agiliza todos os processos comerciais, incluindo o comércio electrónico e a rastreabilidade”, explica ainda.

A primeira utilização de um código de barras foi feita a 26 de Junho de 1974 numa loja da rede Marsh Supermarkets, no Estado de Ohio.