Saúde é a área em que Portugal está mais bem colocado em relatório do Fórum Económico Mundial
Taxa de desemprego coloca Portugal em 82.º lugar no “Índice do Capital Humano” em 122 países
O Fórum Económico Mundial, uma organização internacional independente com sede na Suíça, pretende com o documento influenciar decisores em todo o mundo – “em governos, universidades empresas, e instituições de sociedade civil” – para que se empenhem na melhoria destes indicadores. A organização é conhecida pelos seus encontros anuais na localidade suíça de Davos, onde junta alguns dos mais influentes líderes da economia mundial.
Ao todo, para avaliar o chamado “grau de desenvolvimento humano” tiveram em linha de conta 51 indicadores. Os dados recolhidos provêm de organizações internacionais, como a Organização Mundial de Saúde, a Unesco, a Organização Internacional do Trabalho, o Banco Mundial, assim como indicadores produzidos pelo próprio fórum, entre outras.
A explicar o facto de a saúde ser a área em que Portugal mais se destaca está, por exemplo, a mortalidade infantil que é, tal como é reconhecido há vários anos, um dos indicadores onde o país mais evoluiu, o que coloca o país em 8.º lugar. O número de mortes abaixo dos 60 anos por doenças não transmissíveis é, a seguir, o indicador mais positivo na área.
Na área da Saúde e bem-estar, os indicadores mais negativos são a percentagem de obesidade na população adulta, que coloca o país bastante abaixo na lista (em 71.º), bem como os níveis de stress, em que estamos em 96.º lugar. Ainda assim, o pilar da saúde, que inclui também a qualidade dos serviços de saúde, a acessibilidade, a esperança de vida e os anos de vida saudáveis, é onde Portugal se sai melhor, revela o documento feito em colaboração com a consultora Mercer.
No extremo oposto, surge a Educação. E aqui a taxa de conclusão do ensino secundário e a qualidade da Educação Científica e em Matemática são os indicadores mais negativos (surgimos em 49.º e 63.º, respectivamente). Nesta área, um dos indicadores mais positivos é, por exemplo, a taxa de conclusão do ensino primário, em que Portugal ocupa o 18.º lugar.
É também analisada a força de trabalho e emprego e aqui a taxa de desemprego no geral e a taxa de desempregados jovens, em particular, são os indicadores com piores posições neste ranking, na área laboral (82.º e 71.º no segundo caso).
Já a facilidade em encontrar trabalhadores qualificados colocam Portugal num 4.º lugar – é aliás o indicador em que fica tão alto na tabela, sendo produzido a partir de um questionário feito pelo próprio Fórum Económico Mundial este ano, em que se perguntava se para as empresas é “muito fácil” ou “muito difícil” “encontrar trabalhadores com as capacidade adequadas às suas necessidades de negócio”.
O relatório analisa também uma quarta dimensão a que chama “envolvente externa”. E aqui tem-se, por exemplo, em linha de conta a percentagem de pessoas que usam telemóvel e Internet (50.º e 43.º lugar, respectivamente).
De entre os dez países que ocupam o top ten, oito são europeus. A Suíça está no topo, seguida da Finlândia. Singapura, em terceiro lugar, é o único pais asiático no cimo, muito graças aos seus bons resultados na educação. No fim do ranking estão, em 118.º lugar, o Mali, seguido do Burkina Faso, da Guiné-Conacri, da Mauritânia e, no final de todos, o Iémen.