Portugueses acham que políticos são os principais responsáveis pela má imagem do país

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A "nossa maneira de ser" e as "condições para o turismo" são identificados como positivos Daniel Rocha/PÚBLICO

A imagem de Portugal melhorou globalmente nos últimos dez anos (41 por cento), mas os principais responsáveis pela má imagem do país no estrangeiro são, maioritariamente, os governantes e diplomatas (59 por cento). Esta é uma síntese possível desta sondagem, onde, segundo o universo inquirido, o aspecto que melhor imagem projecta de Portugal é "a nossa maneira de ser" (45 por cento), seguido das "condições para o turismo" (41 por cento) e, mais abaixo, "os desportistas" (27 por cento).

Governantes e diplomatas são penalizados, mas seguidos de perto pelo "nível de desenvolvimento económico" que a maioria dos inquiridos (51 por cento) considera ser igualmente responsável pela má imagem externa. A outros factores, como "a qualidade dos nossos produtos" é atribuída importância residual (12 por cento).

A Expo-98 ainda é o farol da auto-estima nacional: 82 por cento dizem que melhorou a imagem do país no estrangeiro. Também o fizeram, mas "menos", a Lisboa Capital da Cultura (52 por cento) e o Porto Capital da Cultura (50 por cento). Muita confiança no Euro 2004 para este objectivo é revelada na sondagem: 66 por cento dos inquiridos acha que vai melhorar a imagem externa.

Não há uma percepção clara sobre se a imagem do país é "globalmente positiva" (36 por cento) "globalmente negativa" (28 por cento) ou "indiferente" (23 por cento). O universo apresenta-se muito dividido sobre esta matéria

Ficha técnica

Esta sondagem foi realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica para a RTP no dia 6 de Novembro de 2003. O universo alvo é a população com 18 ou mais anos residente em Portugal continental em alojamentos com telefone fixo. Foram obtidos 741 inquéritos válidos, 54 por cento deles a indivíduos do sexo feminino e a taxa de resposta foi de 72 por cento. A margem de erro da amostra é de 3,6 por cento, com um nível de confiança de 95 por cento.

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