Incêndios: gastos com aeronaves deverão ascender a 21 milhões de euros

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Este ano foram utilizadas 49 aeronaves no combate às chamas no país Steven Governo/AP

A previsão dos custos com aeronaves de combate a incêndios florestais ascende este ano a 21,3 milhões de euros, avança um documento do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.

"Como está explicito no documento, é uma previsão de encargos financeiros com meios aéreos comportados no âmbito da prevenção e combate a incêndios florestais. Os custos exactos serão divulgados depois de terminar a época de fogos, este ano prolongada até 15 de Outubro", explicou à Lusa uma fonte do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC).

A previsão para este ano indicava que seriam utilizados 29 helicópteros ligeiros, quatro médios e dois pesados, o que representaria um custo total acima dos 16 milhões de euros. Quanto aos aviões, estava previsto utilizar seis ligeiros, quatro médios e dois pesados, que custariam mais de cinco milhões de euros.

Essa previsão foi ultrapassada, já que foram utilizados este ano 49 aeronaves, em vez das 47 inicialmente previstas, e porque a época de fogos foi prolongada por mais 15 dias, face à situação de seca que assola o país, o que potencia incêndios florestais.

Em 2004, o SNBPC recorreu a 18 helicópteros ligeiros e seis pesados, que levaram ao pagamento de cerca de dez milhões de euros. No mesmo ano foram utilizados dez aviões ligeiros e dois pesados, que custaram um total de pouco mais de quatro milhões de euros.

A área verde destruída pelos incêndios, desde Janeiro de 2005 e até 25 de Setembro, atinge os 286.383 hectares, segundo a Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF).

O último balanço da DGRF, com dados ainda provisórios, indica que até 25 de Setembro foram registados 7214 incêndios florestais e 25.339 fogachos, o que totaliza 32.553 ocorrências.

Em 2004 arderam em Portugal cerca de 129.529 hectares de floresta e em 2003, o pior ano das últimas duas décadas, a área destruída pelo fogo rondou os 425.000 hectares.

Portugal vai deixar de ter uma época oficial de incêndios florestais, passando a estar o ano inteiro em alerta, por decisão do Ministério da Administração Interna.

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