Mais de 83% das pontes inspeccionadas até 2012 pela Estradas de Portugal (EP) apresentavam um "bom" ou "muito bom" estado de conservação e não precisam de obras, disse hoje à agência Lusa fonte daquela empresa pública.

Com as inspecções concluídas no ano passado, ficou ainda definida a necessidade de intervenções, a concretizar nos "próximos três anos", em 3,2% das estruturas, acrescentou a mesma fonte.

"A esmagadora maioria [83,46%] está classificada como 'bom' ou 'muito bom'. Ou seja, oferece todas as condições de segurança e não é tida como necessária a execução de qualquer intervenção", sublinhou fonte oficial da EP, garantindo tratar-se de uma "tendência que se tem verificado nos últimos anos", fruto de um "trabalho contínuo" de monitorização e conservação.

As restantes 13,4% das avaliações concluíram por um estado intermédio de conservação.

Actualmente estão inventariadas 4.738 obras de arte cuja conservação está sob "gestão directa" da EP, às quais acrescem 464 localizadas em vias que "interferem directamente" com a rede rodoviária sob alçada daquela empresa. Deste total, a maioria são passagens hidráulicas (1.863), seguindo-se 950 pontes.

Desde 2006 que através do Sistema de Gestão de Obras de Arte (SGOA) são realizadas inspecções de rotina com periodicidade bienal para "avaliação do nível de manutenção" das obras de arte, permitindo, segundo a empresa, a "detecção atempada de necessidades de intervenção e o accionar de inspecções principais".

Entre 2006 e 2007 realizaram-se 5.823 inspecções de rotina, enquanto que de 2008 a 2010 essas acções ascenderam a 4.874. Já em 2012 foi concluído o 3.º ciclo de avaliação à totalidade das obras sob gestão directa da EP, com 5.143 inspecções.

Este ano terá início o quarto ciclo, que prevê a realização de 3.172 acções só até Dezembro e mais 3.022 avaliações em 2014.

"O SGOA é uma importante ferramenta de gestão de pontes e outras infraestruturas que tem permitido à EP agir de forma proactiva e preventiva, monitorizando permanentemente o inventário de todo o seu património", reconhece a empresa.

Em função destas avaliações foram investidos 176,4 milhões de euros em empreitadas de reabilitação de obras de arte desde 2006. Em 2013 a EP prevê mais 32 milhões de euros nestes trabalhos de manutenção e conservação.

Ainda este ano está também previsto o lançamento de um concurso público para uma operação de inspecção subaquática a 40 obras de arte em todo o país.