Comissão europeia quer melhorar a saúde dos europeus através dos smartphones

Cidadãos, organizações e autoridades públicas convidadas a responder a questões sobre saúde.

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Nicolas ASFOURI/AFP

A Comissão Europeia lançou esta quinta-feira uma consulta sobre saúde móvel para reunir propostas de como é possível melhorar a saúde e o bem-estar dos europeus, através da utilização de telemóveis, tablets ou dispositivos de monitorização de doentes.

A Comissão Europeia quer tentar garantir que um doente faça a gestão da sua saúde através aplicações para dispositivos móveis (app) que podem, por exemplo, medir os sinais vitais ou a pressão arterial e lançar alertas sempre que é necessário tomar um medicamento indispensável para a vida do utilizador, por exemplo.

E porquê uma aposta em apps? A Comissão responde com números num comunicado divulgado esta quinta-feira: “As 20 principais aplicações gratuitas de desporto, exercício físico e saúde representam já 231 milhões de telecarregamentos em todo o mundo. Em 2017, 3,4 mil milhões de pessoas em todo o mundo terão um smartphone e metade delas utilizará aplicações de saúde móvel”.

A questão da poupança financeira é igualmente sublinhada, com a Comissão Europeia a estimar que dentro de três anos a saúde móvel permita poupar 99 mil milhões de euros nas despesas de saúde na União Europeia. Para a vice-presidente da Comissão Europeia e responsável pela Agenda Digital, Neelie Kroes, “a saúde móvel permitirá reduzir os elevados custos das consultas hospitalares e ajudará os cidadãos a tomarem conta da sua saúde e bem-estar”. “Pessoalmente, já sou uma grande defensora da saúde móvel, utilizo uma pulseira electrónica para medir o meu grau de actividade diário”, exemplificou Kroes.

Às palavras da vice-presidente, o comissário europeu para a Saúde, Tonio Borg, acrescentou que “a exploração das soluções oferecidas pela saúde móvel pode contribuir para sistemas de saúde modernos, eficientes e sustentáveis”.

Para já, o principal problema é a questão da segurança das aplicações de saúde móvel, incluindo a utilização dos seus dados e a garantia de conformidade com as regras de protecção de dados. “É igualmente importante criar confiança junto dos profissionais de saúde e dos cidadãos e ajudar as pessoas a utilizarem eficazmente os serviços oferecidos pela saúde móvel”, reforça a Comissão.

A consulta sobre saúde móvel começa esta quinta-feira e estende-se até 3 de Julho deste ano. São convidados a responder cidadãos europeus, organizações de consumidores e de doentes, profissionais de saúde, autoridades públicas, criadores de aplicações e operadores de telecomunicações e utilizadores das apps de mHealth.

O resumo das respostas da consulta vai ser publicado no quarto trimestre deste ano e as eventuais acções políticas estão previstas para 2015.

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