Protecção Civil registou mais de 1600 ocorrências devido ao mau tempo

Quinze distritos vão estar sob alerta vermelho entre as 6h00 e as 12h00 deste sábado.

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Queda de árvore na Avenida da Boavista, junto ao Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto Paulo Pimenta
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Árvores caídas, como esta na Praça do Almada, na Póvoa do Varzim, foram as principais ocorrências assinaladas pela Protecção Civil DR

O adjunto das operações nacionais da Autoridade Nacional de Protecção Civil, Miguel Cruz, disse à Antena 1 que se verificaram 1636 ocorrências, a maioria relacionam-se com quedas de árvores e 249 com inundações. Os distritos mais afectados são Braga, Coimbra e Porto.

Algumas famílias ficaram desalojadas. Em Lisboa, em Marvila, três pessoas ficaram desalojadas temporariamente. O mesmo aconteceu em São João da Talha, Loures; e também em Ponte da Barca com dois desalojados, revela o mesmo responsável.

Durante a noite, até às 4h00, os “distritos de Coimbra, Lisboa e Porto foram os mais afectados, tendo os distritos de Viseu e Braga registado também um número significativo de ocorrências, mais de 100 em cada um deles”, revelou o adjunto das operações nacionais da Autoridade Nacional de Protecção Civil, Carlos Guerra, à Lusa.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou 15 distritos em aviso vermelho, o mais grave numa escala de quatro, entre as 06h00 e as 12h00 deste sábado devido a ventos fortes. Os distritos afectados são Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança, Guarda, Viseu, Porto, Aveiro, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Santarém, Lisboa, Setúbal e Beja.

Perante esta situação, Carlos Guerra indicou que a Protecção Civil “mantém o dispositivo em alerta permanente”.
 
No site da Protecção Civil está disponível um documento de aviso à população, indicando que, de acordo com o IPMA, sobretudo durante a madrugada e manhã deste sábado as rajadas de vento poderão ultrapassar os 120km/h nas regiões do litoral e terras altas, a precipitação será persistente nas regiões Norte e Centro e a agitação marítima andará na ordem dos sete metros no litoral Oeste e os cinco metros na Costa Sul.

Por estes  motivos, é expectável que ocorram inundações e formação de lençóis de água nas estradas.

Barras marítimas fechadas
A Marinha Portuguesa a barra de São Martinho do Porto “a toda a navegação”, devido ao mau tempo, juntando-se assim às barras de Caminha, Vila Praia de Âncora, Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Douro.

Segundo a página de Internet da Marinha Portuguesa, além destas há ainda outras duas com navegação condicionada: Aveiro e Figueira da Foz. Estas duas estão já fechadas para embarcações de cumprimento inferior a 35 metros.

Devido ao agravamento das condições meteorológicas nas próximas horas, a Marinha alertou em comunicado “toda a comunidade marítima, em particular a comunidade piscatória e náutica de recreio, para redobrar a atenção no cumprimento de todos os procedimentos e regras de segurança no mar”.

A Marinha sublinha ainda que os Centros de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa e de Ponta Delgada “estão permanentemente a acompanhar a actividade no mar e prontos para dar resposta a qualquer situação de emergência”.