Uma nuvem a pairar em cima da coligação

Foi há um ano que se deu a demissão “irrevogável” de Paulo Portas. Na altura, e para evitar o desmoronar da coligação, o então ministro dos Negócios Estrangeiros foi promovido a vice-primeiro-ministro e foi-lhe entregue a responsabilidade da coordenação das políticas económicas, o relacionamento com a troika e a reforma do Estado. Foi a forma que Passos encontrou para “amarrar” Portas à coligação e aos compromissos assumidos com a troika.

Um ano volvido, é provável que se cumpra a profecia do líder do CDS-PP: "Seremos a primeira coligação a terminar o mandato em quarenta anos." Mas a verdade é que o caminho até chegar às legislativas não é a direito. Ao dizer ontem na TSF que “é indesejável” aumentar mais os impostos, no actual contexto, Pires de Lima está a fazer algo mais do que expressar uma vontade. O ministro do CDS está a deixar um recado ao parceiro da coligação.
 

  



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