A terceira reunião do grupo de trabalho para o Parlamento Digital aconteceu nesta sexta-feira e durou cerca de duas horas, mas os avanços ainda são poucos ou, pelo menos, não há propostas fechadas. Uma das que está em cima de mesa e que deverá acontecer até ao final do ano, quando este grupo apresentar as conclusões, passa por “uma revisão geral” do layout do site da Assembleia da República.

A informação foi avançada pelo próprio coordenador do grupo, Jorge Lacão, que tem vindo a fazer as primeiras reuniões – que junta deputados e representantes dos departamentos da Assembleia República – com vista à modernização do site do Parlamento. “Estamos a fazer uma revisão geral quanto ao layout. Em princípio vai ter um novo layout”, disse ao PÚBLICO o socialista Jorge Lacão, no fim da reunião.

Para já têm sido apresentadas, debatidas e estudadas várias propostas que passam também pela criação de novos conteúdos e, sobretudo, por melhorar, ou aumentar, a forma de os cidadãos poderem participar na vida parlamentar. Isso implicará, por exemplo, uma maior facilidade no que diz respeito às subscrições electrónicas das petições, no que respeita à apresentação de iniciativas legislativas de cidadãos e ainda no toca a perguntas por parte dos cidadãos para os deputados apreciarem e responderem, explicou Jorge Lacão.

Estas são as ideias em discussão, mas o resultado final ainda está longe de estar finalizado. A apresentação geral destas “inovações”, diz Lacão, só acontecerá no fim do ano. “Estamos a apreciar o trabalho em curso de modernização do site da Assembleia da República. Está a ser todo revisto no sentido de ser mais amigável, no princípio da valorização da cidadania, da participação política e da interactividade dos cidadãos com o Parlamento”, afirma Lacão, recordando que o “impulso” para a iniciativa Parlamento Digital foi dado pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, no discurso do 25 de Abril. É a esse repto que este grupo vai continuar a responder: “Para uma boa utilização dos instrumentos electrónicos ao serviço da actividade política e da democracia”, diz Jorge Lacão.