Seguro quer gás de botija ao mesmo preço do natural

Líder socialista defende que seria uma medida de justiça social para com os habitantes do interior do país.

O secretário-geral do PS, António José Seguro, defendeu esta sexta-feira a redução do preço do gás de botija para os “mesmos níveis” da tarifa praticada pelo gás natural.

Seguro falava num almoço-comício de apoio a João Paulo Catarino, candidato socialista e actual presidente da Câmara de Proença-a-Nova, um concelho que ainda não é abastecido por gás natural.

“Aquilo que nós propomos é que a entidade reguladora possa agir no sentido de que o preço de gás de botija possa baixar para os níveis do mesmo preço que são praticados pelo gás natural”, disse o secretário-geral socialista, que citou um estudo realizado pela Deco para recordar que o gás de botija custa “quase o dobro” do que o gás natural, além de também ser “mais caro do que a mesma botija em Espanha”. “É por isso que tanta gente vai a Espanha comprar o gás: porque lhe fica mais barato”, acrescentou.

Baixar o preço do gás é, no entender de António José Seguro, uma questão de “justiça social, já que as pessoas do interior são duplamente prejudicadas”. Para repor a igualdade, o secretário-geral admite mesmo que, “se necessário”, se fixe um "preço máximo para a botija do gás”.

A discursar numa vila do Pinhal Interior, António José Seguro voltou a apresentar a proposta para que se crie um Programa de Desenvolvimento para o Interior que seja aplicado com base em fundos europeus e que tenha como prioridade a criação de emprego.

O secretário-geral do PS também não deixou de criticar as políticas do Governo relativas ao interior e voltou a acusar o “actual primeiro-ministro” de olhar para o “interior e para as pessoas do interior como um fardo e um encargo”.

 

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