A minoria apoiante de António José Seguro ficou fora do Secretariado Nacional do PS, devendo ficar representada apenas nas comissões política e nacional, apurou o PÚBLICO.

Ao contrário do que esperavam, os seguristas não foram convidados a integrar a direcção executiva de António Costa, apesar das negociações que decorriam desde as eleições primárias de 28 de Setembro.

Desde essa altura, Álvaro Beleza, em representação desta minoria, tinha tido várias reuniões com Ana Catarina Mendes, sendo a expectativa dos seguristas ficar representados na proporção dos resultados das primárias, ou seja, cerca de um terço dos órgãos nacionais.

Só ao fim da noite de sábado ficou claro que tal não aconteceria em relação ao Secretariado, mas apenas nas comissões política e nacional.

Segundo a Lusa, o ex-líder parlamentar do PS Alberto Martins vai encabeçar a quota de elementos da minoria "segurista" para a Comissão Nacional. Serão cerca de 80 num total de 251 efectivos, o que equivale a cerca de um terço do total.

Mesmo assim, parte significativa dos membros do Secretariado Nacional cessante não figurará na lista para a Comissão Nacional, que também será eleita domingo, tendo em vista dar oportunidades de participação dos órgãos nacionais deste partido a mais elementos.

Desta forma, dirigentes como António Galamba, Miguel Laranjeiro, Jamila Madeira ou João Proença apenas farão parte da lista para a Comissão Política, mas terão direito a inerência na Comissão Nacional.

A moção de António Costa foi aprovada por unanimidade cerca das 00h20, hora em que encerraram os trabalhos do primeiro dia do congresso. As votações para os órgãos nacionais decorrem no domingo de manhã.