Ribau Esteves desafia Passos e Portas a fazerem uma coligação “o quanto antes”

Ex-secretário-geral do PSD diz que uma aliança pré-eleitoral com o CDS já deveria ter acontecido na rentrée política. Vice-presidente do CDS, Nuno Melo, alerta que uma decisão tardia “beneficiará o PS”.

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Ribau Esteves Adriano Miranda

Ao PÚBLICO, Ribau Esteves refere que “toda a gente já está em campanha - PS, PCP, BE – e que o PSD e o CDS têm de tomar decisões e desenvolver o processo das legislativas. “Está é a minha preocupação como cidadão e como presidente de câmara. Esta questão para mim exige atenção, dedicação e participação em todas as acções que o partido promover”, considera.

O antigo-secretário-geral do PSD diz que quer “influenciar a candidatura do partido às legislativas” e sublinha que são as eleições que vão decorrer este ano que devem ser colocadas na agenda política e não as presidenciais de 2016.

A mesma preocupação tem Nuno Melo. O eurodeputado e vice-presidente do PP considera que quanto mais tarde PSD e CDS decidirem ir coligados às legislativas “mais se beneficiará o PS”.

Em entrevista ao ETV (Económico TV) inserida no programa “Conversas com Vida”, que irá para o ar esta sexta-feira à noite, o eurodeputado reafirma que os democratas-cristãos já disseram, em Outubro passado, que defendem um acordo pré-eleitoral com o PSD e revela que foram os sociais-democratas que prorrogaram as conversações. “Cada partido tem o seu tempo, o PSD prorrogou, mas esse acordo de vontades há-de acontecer, para um lado ou outro, mas quanto mais tarde for firmado, mais beneficiará o PS”, sublinha.

Os dois políticos estão também em sintonia quanto às eleições presidenciais de 2016. Ribau diz que este não é o momento para o partido se envolver nessa discussão. “Secundarizo muitíssimo as eleições presidenciais face às legislativas e nesta fase do processo político estou preocupado com as legislativas”, afirma, deixando claro que só se envolverá depois de o processo relativamente às legislativas estar definido.

Nuno Melo assume agora uma posição mais cautelosa em relação ao ano passado e realça que discutir nesta altura apoios para Belém seria “contaminar” as legislativas. No ano passado, a mensagem que os centristas passavam é que desejavam que o acordo pré-eleitoral já incluísse a estratégia para as presidenciais do próximo ano.

 

 

 

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