Paulo Portas garante que a recessão “foi embora”

Líder do CDS-PP referiu-se aos últimos dados do INE para salientar que o "desemprego está a recuar". O também vice-primeiro-ministro diz que só o povo decidirá se fica na política em 2015.

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Paulo Portas Enric Vives-Rubio

O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, reagiu na noite desta sexta-feira com satisfação aos dados sobre a confiança económica publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e considerou que "a recessão foi embora" e o desemprego "está a recuar".

Portas considerou que no momento actual "a recessão foi embora, o crescimento voltou, o desemprego está a recuar", as exportações "subiram" e o turismo "teve o melhor ano de sempre em 2013". O democrata-cristão referiu-se aos dados do INE, na Guarda, no jantar de tomada de posse da nova comissão política concelhia do CDS-PP, liderada por Henrique Monteiro.

O também vice-primeiro-ministro recordou ainda que a partir do próximo ano, "80% dos pensionistas ficarão isentos de qualquer contribuição" e que aqueles que pagavam CES "ficarão todos em melhor situação".

"Nenhum ficará igual, nenhum ficará pior, ficarão todos em melhor situação a partir de Janeiro de 2015", disse Paulo Portas, admitindo que haverá "uma recuperação substancial do valor das pensões, a partir de Janeiro de 2015".

"O país viveu três anos sob o ciclo da 'troika'. Esse tempo terminou. A confiança dos consumidores continua a subir e atingiu este mês o ponto mais elevado desde 2009. O indicador de clima económico voltou a recuperar e atingiu este mês o valor mais alto desde 2008", disse Portas.

"Isto é muito importante. É a confiança que trás investimento, é o investimento que gera emprego", observou.

Tendo em conta este cenário, o líder nacional do CDS-PP referiu que "o primeiro dever de todos os órgãos de soberania em Portugal é estarem à altura dos sinais que a economia portuguesa está a dar". "Assim a política esteja à altura do que a economia e as empresas estão a conseguir fazer no nosso país", observou, dizendo que "é preciso proteger estes indicadores".

Portas falou também dos efeitos da crise e lembrou que nos últimos três anos "a questão social mais séria no nosso país chamava-se, e chama-se, desemprego".

Portugal chegou a ter uma taxa de 17,7% de desemprego, mas "desde há um ano" o desemprego "está a descer mês após mês", observou. "Terminámos o ano passado com 15,6% e estamos neste momento com 14,6%. Ou seja ainda temos um desemprego demasiado alto, mas a tendência para a redução do desemprego é constante, mês após mês" e é disso que o país e as novas gerações "precisam", referiu também.

O vice-primeiro-ministro disse ainda aos militantes que na questão dos funcionários públicos e dos reformados que pagam Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), as propostas do Governo são "propostas razoáveis e equilibradas". 

Portas contínua na política em 2015 se o povo quiser
O presidente do CDS-PP insistiu sexta-feira que será o povo a decidir quais os políticos que vão continuar no activo após a próximas legislativas e atribuiu à "silly season" as notícias da sua saída em 2015.

"Queria dar-vos também uma palavra, essa mais irónica. Eu começo a trabalhar muito cedo e, hoje, quando peguei ao serviço, li um jornal que dizia 'Portas sai em 2015'", começou por afirmar o líder do CDS-PP na sexta-feira à noite, na Guarda, num jantar com militantes, onde foi empossada a nova comissão política concelhia do partido.

Sobre o título do jornal afirmou: "Alto e para o baile. Quem diz quem são os políticos que ficam e os políticos que saem em Outubro de 2015 é o povo português, quando em eleições escolher".

O jornal Sol noticiou na sexta-feira que "Paulo Portas deve sair em 2015", escrevendo que "o vice-primeiro-ministro não tem vontade de ser candidato nas legislativas", "mas que no CDS ainda não se perfilam sucessores".

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