JMJ: da omnipresença de Moedas à ausência de Ventura
Há três anos, o líder do Chega afirmou numa entrevista ao DN que o Papa “tem prestado um mau serviço ao cristianismo” e “contribuído para destruir as bases do que é a Igreja Católica na Europa”.
O enorme sucesso da Jornada Mundial da Juventude demonstra, mais uma vez, o espantoso talento português para a organização de grandes eventos, invariavelmente recorrendo a uma táctica que qualquer alemão ou japonês consideraria suicida, mas que em Portugal sobrevive fresca e viçosa, como o eucalipto: primeiro, desperdiçam-se anos a fio em discussões inúteis, decisões adiadas e mau planeamento; e depois, nos meses finais de preparação, já com vista privilegiada para a catástrofe, eis que ocorre uma extraordinária explosão de pragmatismo e de absoluta dedicação à causa.
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