UE aumenta para mil milhões de euros a ajuda na luta contra o ébola

Cameron aponta dedo a 18 países que prometeram menos dinheiro para combate à doença na África Ocidental do que a Ikea.

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Cameron anunciou que o Reino Unido vai subir a sua contribuição para 205 milhões de libras Thierry Charlier/AFP

Até agora, a UE comprometera-se com uma ajuda de 600 milhões de euros, dos quais 204 milhões vindos directamente do orçamento da Comissão Europeia. A meta tinha sido fixada pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, que por várias vezes tem criticado os parceiros europeus pela falta de empenho para combater uma epidemia que fez mais de 4800 mortos, a quase totalidade em três países da África Ocidental – Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri.

O jornal Telegraph conta que Cameron aproveitou o jantar de trabalho de quinta-feira para apontar o dedo a 18 países que “colocaram em cima da mesa menos dinheiro” do que a cadeia de mobiliário sueca Ikea, que anunciou uma ajuda de quase cinco milhões de euros.

“Podemos todos fazer mais e devemos todos fazer mais”, afirmou o líder conservador, ao anunciar que o Reino Unido vai aumentar para 205 milhões de libras (259 milhões de euros) a contribuição na luta contra o ébola, dinheiro que será usado para construir 200 novos hospitais de campanha em áreas remotas da Serra Leoa. Os 125 milhões (158 milhões de euros) que o país já tinha prometido são superiores ao montante total prometido por 19 dos 28 Estados-membros, acrescenta o jornal britânico.

Cameron admitiu que muitos países, sobretudo na Europa de Leste, “não têm laços maciços” com África, mas insistiu que a epidemia representa “a maior emergência de saúde pública” que o mundo enfrenta e que, se não for travada o quanto antes, “coloca todos em risco” e terá um impacto na economia do Continente.

Além de um aumento da ajuda – desconhece-se como será repartido o peso entre Estados – Rompuy anunciou que o novo comissário europeu para os assuntos humanitários, o cipriota Christos Stylianides, vai coordenar a resposta europeia à epidemia. 

Entretanto, o Presidente francês, François Hollande, anunciou à margem da cimeira que Paris vai estender "a todos os meios de transporte", incluindo marítimos, os rastreios adicionais a passageiros oriundos das zonas mais afectadas pela epidemia, actualmente em vigor nos aeroportos.

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