Estado Islâmico matou centenas de soldados de Assad em Palmira

Relatos recolhidos no terreno dizem que os jihadistas capturaram e executaram militares e membros de milícias pró-Assad.

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Segundo o governador de Homs há combates nos arredores de Palmira Reuters

O autoproclamado Estado Islâmico terá assassinado entre 300 e 400 pessoas em Palmira desde quarta-feira da semana passada, quando o grupo entrou nesta cidade da Síria.

Os relatos sobre estas mortes não foram confirmados por fontes independentes e dão conta de duas situações distintas. Uma delas foi avançada pela estação de televisão oficial síria, que noticiou a morte de 400 civis, entre eles muitas mulheres e crianças.

O segundo relato foi feito por um activista do Palmyra Media Center que, em declarações à estação de televisão Al Jazira, disse que os jihadistas prenderam perto de 300 soldados do exército de Damasco e combatentes de grupos pró-regime de Bashar al-Assad, executando-os posteriormente.

"A shabiha [um termo usado para mencionar a milícia ao serviço do Estado] incluia homens e mulheres, foram eles os alvos mortos" pelos combatentes do Estado Islâmico, disse à Al Jazira Nasser, do Palmyra Media Center, um grupo que monitoriza a evolução dos combates no terreno.

A página dos jihadistas na rede social Facebook mostra a entrada dos combatentes em Palmira e a prisão de 20 soldados em uniforme. 

O exército sírio anunciou que está a deslocar tropas para as proximidades de Palmira, no que parece ser a preparação de uma operação de contra-ataque. Talal Barazi, governador da província de Homs - que inclui Palmira - disse à agência Associated Press que já se travam combates na vizinha Jizl.

"Há planos [para um contra-ataque], mas não sabemos quando a acção militar irá começar", disse o governador de Homs.

Palmira é uma cidade histórica e a sua tomada pelos combates do Estado Islâmico - que já conquistou metade do território da Síria - fez recear a sua possível destruição, como aconteceu noutros sítios da Antiguidade conquistados na Síria e no Iraque. Neste domingo as agências noticiosas diziam que a cidade histórica estava a ser guardada por combatentes jihadistas - o museu também tinha homens armados à porta -, mas não havia sinais de destruição.

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