Ataques contra cristãos matam 35 pessoas em Bagdad

Dois carros-bomba atingiram uma igreja e um mercado numa zona cristã no Natal em Bagdad.

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Mercado atingido por uma explosão na capital do Iraque Ahmed Malik/Reuters

Uma bomba num carro explodiu em frente a uma igreja na zona Sul de Bagdad na altura em que os fiéis saíam de uma missa de Natal, matando pelo menos 15 pessoas, segundo as autoridades. Antes, no mesmo bairro, um outro carro armadilhado tinha explodido num mercado ao ar livre frequentado por cristãos, fazendo 20 mortos. Ambos os ataques deixaram ainda pelo menos 56 feridos, segundo as autoridades.

Os atentados “corrompem a imagem do islão e da religião, se são levados a cabo em nome da religião”; reagiu o monsenhor Pios Cacha, da igreja de São José, em declarações à AFP. “A Igreja é um lugar de amor e de paz, não foi feita para a guerra.”<_o3a_p>

Pios Cacha tinha declarado este ano que os cristãos “talvez sigam os passos dos seus irmãos judeus”, referindo-se à comunidade que está agora praticamente ausente do Iraque.<_o3a_p>

A população cristã no país é já metade da que era na altura da invasão americana de 2003 e foi diminuindo nos anos de violência sectária que se seguiram – em 2003 vivam no Iraque 1 a 1,5 milhões de cristãos e actualmente há apenas 500 mil.<_o3a_p>

O ataque mais sangrento contra os cristãos aconteceu em Outubro de 2010, quando morreram 44 fiéis e dois padres num atentado numa igreja de Bagdad.<_o3a_p>

O ano de 2013 foi um ano violento no Iraque, com mais de 6650 mortos. Mesmo após a saída das forças americanas 2011, a violência não abrandou.<_o3a_p>
 
 

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