Ministério Público investiga alegada falta de segurança no Metro de Lisboa

Em causa está a falta de travões de emergência e de aspersores para combater incêndios nas carruagens. Empresa garante que os utentes estão seguros.

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Empresa garante que é seguro circular no Metro e diz que notícias são "falaciosas" e "alarmantes" Pedro Cunha/Arquivo

A Procuradoria-Geral da República (PGR) instaurou um inquérito à alegada falta de segurança no Metropolitano de Lisboa, nomeadamente à inexistência de travões de emergência e de um dos sistemas de extinção de incêndios nos comboios.

O jornal i revelou em Maio que o Metro de Lisboa estava há dois anos sem os freios electromagnéticos, travões usados em situações de emergência. No mês passado, noticiou também que a empresa tinha decidido desactivar os aspersores, dispositivos que estão no tecto das carruagens e que em caso de fogo libertam água automaticamente.

Contactada pela agência Lusa, a PGR disse que o Ministério Público instaurou um inquérito para averiguar a alegada falta de segurança no Metro de Lisboa.

Após a primeira notícia do jornal i, a empresa apressou-se a garantir que é "totalmente seguro" circular no Metro de Lisboa. O director de manutenção, Jorge Ferreira, admitiu à Lusa que foi detectado um problema mecânico num dos sistemas de travagem, que apenas é utilizado em situações limite. "Estamos neste momento a fazer novas peças metálicas, que serão certificadas com meios radiográficos, e já estão a ser instalados nos comboios estes elementos onde se verificaram as falhas mecânicas”, afirmou, no final de Maio.

Em relação às falhas no sistema de extinção de incêndios nas carruagens, noticiadas pelo i em Junho, a empresa negou, sublinhando que "a segurança dos seus clientes e dos seus colaboradores é a principal prioridade" da Metro. A transportadora garante que a sua conduta "tem-se pautado pelo cumprimento de todos os normativos aplicáveis em torno das questões de segurança" e considerou as notícias sobre estas questões "falaciosas e injustificadamente alarmantes".

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