CP e operadores fluviais reforçam transporte de passageiros na Linha do Douro

Protocolo de cooperação surge após queixas sobre o serviço prestado pela transportadora, no Verão passado. De Maio a Outubro haverá comboio exclusivo para turistas entre o Porto e a Régua.

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Depois de vários problemas com sobrelotação, milhares de turistas deixaram de usar o comboio NFACTOS / FERNANDO VELUDO

A CP e três operadores turísticos fluviais assinam na segunda-feira, na Régua, um protocolo de cooperação que visa o reforço do transporte de passageiros na Linha do Douro, anunciou hoje a transportadora ferroviária. Segundo a CP, o protocolo visa ainda o reforço "da atractividade da marca turística Douro".

A assinatura do protocolo entre a CP - Comboios de Portugal e as empresas Barcadouro, Rota do Douro e Tomaz do Douro decorre na Estação Ferroviária da Régua, e conta com a presença do ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques. Pelo que o PÚBLICO apurou, a CP compromete-se a oferecer, de Maio ao final de Outubro, um serviço exclusivo para o transporte de turistas, com partida de Porto-São Bento às 8h25. A partida da Régua, para o Porto, será às 18h15.

Este acordo ocorre meses depois de os operadores terem criticado o serviço prestado pela empresa pública. Em Agosto, as empresas decidiram substituir o comboio por autocarros como meio de transporte complementar ao barco, após críticas ao "mau serviço" prestado pela CP, uma posição tomada depois de muitas queixas por parte dos clientes que tinham que viajar de pé, apinhados e em carruagens sem ar condicionado.

Entre 20 de Agosto e 9 de Outubro, o transporte de comboio previsto nos programas foi substituído por autocarros, perspectivando-se, nessa altura, que cerca de 30.000 turistas deixariam de usar a linha ferroviária do Douro durante este período.

Estas empresas fornecem viagens de umas horas a um dia, que podem partir do Porto, do Peso da Régua, Pinhão ou Barca de Alva, e o pacote proporcionava a viagem de regresso de comboio.

Em Dezembro, os três operadores turísticos fluviais uniram-se novamente para apelar à modernização da linha ferroviária do Douro.

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