Candidatura das Caves de Gaia à Unesco apresentada no Verão de 2016

Câmara de Gaia está a ultimar o dossier. Prazo para candidatura à UNESCO termina no início de 2017.

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As caves de vinho do porto fazem parte da paisagem, da história e da cultura de Gaia Dato Daraselia

O presidente da Câmara Municipal de Gaia adiantou esta quinta-feira que a autarquia quer apresentar no próximo Verão a candidatura das Caves de Vinho do Porto a património da humanidade. "O prazo para a apresentação das candidaturas termina no início de 2017. Mas vamos apresentar antes, no verão do próximo ano", afirmou à Lusa Eduardo Vítor Rodrigues.

A equipa que irá preparar a apresentação da candidatura, que pretende incluir o centro histórico de Gaia maioritariamente ocupado pelas Caves de Vinho do Porto, já foi constituída, estando já concluído o estudo de ordenamento do território naquele espaço. O próximo passo deste processo conjunto entre a câmara e a empresa municipal Gaiurb é avançar "para a dimensão histórica e conceptual", explicou Vítor Rodrigues

Já em Janeiro deste ano o presidente da Câmara do Porto mostrou-se disponível a ajudar Gaia no processo de candidatura das Caves do Vinho do Porto a Património Mundial. No mesmo dia, o ex-vice-presidente da Câmara de Gaia Firmino Pereira (PSD) disse que essa intenção não é uma "ideia original" e que foi anunciada pelo ex-presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes em Outubro de 2002. Desde janeiro de 2003 a candidatura estava a ser preparada por uma comissão composta por técnicos da Fundação Hispano-Portuguesa Rei Afonso Henriques que elaboraram os processos das classificações do Centro Histórico do Porto e do Douro Vinhateiro, atribuídas em 1996 e 2001, respetivamente.

Em Janeiro de 2003, a direção da Associação de Empresas de Vinho do Porto (AEVP) reuniu-se com Luís Filipe Menezes para discutir a candidatura a Património Mundial das caves, proposta pela autarquia. Em 2006, o Governo socialista da altura apoiou a candidatura das Caves do Vinho do Porto a Património Mundial da Humanidade. A então ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, considerou que o projecto tinha condições para ser aceite pela UNESCO.

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