O gabinete da presidência da Câmara de Sintra recusou nesta terça-feira que tenham sido afastados funcionários municipais das suas funções na autarquia por terem apoiado a candidatura do vereador independente Marco Almeida.

"Quando confrontado directamente pelo presidente da Câmara Municipal de Sintra na reunião de executivo que decorreu hoje, o vereador Marco Almeida não indicou um único nome de funcionários afastados das suas funções por terem feito parte do seu movimento", refere um comunicado do gabinete de Basílio Horta (PS), enviado à agência Lusa.

Na segunda-feira, na inauguração de um espaço da sua candidatura, Marco Almeida valorizou o papel dos "cidadãos anónimos" que o apoiaram e deixou também uma palavra de encorajamento para "alguns funcionários e colaboradores da Câmara Municipal de Sintra que foram afastados das suas funções porque fizeram parte deste movimento".

Segundo a nota enviada nesta terça-feira pelo gabinete de Basílio Horta, o vereador independente limitou-se "a referir o caso do seu ex-motorista que, não obstante ter sido seu apoiante, foi mantido no período de transição, ao serviço de uma vereadora da maioria", o que "aconteceu com todos os outros motoristas da câmara municipal, das empresas municipais e serviços municipalizados".

Mais tarde, na altura da "formação definitiva do gabinete de apoio da vereadora da maioria, foi considerado que o referido motorista não reunia as condições de confiança pessoal necessárias para pertencer ao seu gabinete (um adjunto, uma secretária e um motorista) por participar activamente na organização política que assume o papel de oposição na câmara municipal", indica o gabinete.

A nota da presidência da câmara explica que, "ainda assim, houve todo o cuidado em garantir que o motorista em causa não fosse minimamente prejudicado na natureza das funções que exercia, nem a nível salarial".

O vereador independente inaugurou na segunda-feira a sede de candidatura do movimento Sintrenses com Marco Almeida, em Agualva, com a presença de António Capucho, Carmona Rodrigues e Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto.

O também anterior vice-presidente da câmara, durante três mandatos, concorreu como independente depois da escolha de Pedro Pinto para liderar a candidatura do PSD à Câmara de Sintra, e perdeu por 1.700 votos para o candidato do PS, Basílio Horta, elegendo também quatro vereadores.