COI a salvo da “crise”, com 683 milhões de euros em caixa

Jacques Rogge prepara-se para deixar a presidência do organismo.

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Marcos Brindicci/Reuters

O belga, que vai deixar a presidência do COI na terça-feira, após 12 anos na liderança, precisou que as reservas do organismo passaram de 105 milhões de dólares (79,6 milhões de euros) em 31 de Dezembro de 2001 para 901 milhões (683 milhões de euros) no fim do ano passado.

“Esta reserva, que está directamente relacionada com uma política de salvaguarda prevenindo a anulação de uma edição dos Jogos, assegura o normal funcionamento do COI em caso de crise”, assinalou Jacques Rogge em Buenos Aires, palco da 125.ª assembleia-geral do organismo olímpico.

O COI é uma organização sem fins lucrativos, recebendo 10 por cento das receitas geradas pelos Jogos Olímpicos para cobrir as suas despesas de funcionamento, sendo o valor restante distribuído pelos comités olímpicos nacionais e as federações internacionais, ao abrigo de vários critérios.

Para Jacques Rogge, sem solidariedade na distribuição das receitas não será possível ao COI “continuar a apoiar o desporto e as estruturas desportivas”, atribuindo o seu forte acréscimo ao sucesso na negociação dos direitos televisivos e de patrocínio dos Jogos Olímpicos.